Os artefactos metálicos da Idade do Ferro do Monte Molião (Lagos, Portugal)

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.14198/LVCENTVM2019.38.03

Palabras clave:

metalurgia, artefactos metálicos, Monte Molião, Algarve, Idade do Ferro

Resumen

Passados mais de dez anos após a primeira campanha de escavações realizada em Monte Molião, e apesar de o sítio ter sido já alvo de inúmeras publicações, o conjunto de artefactos metálicos da Idade do Ferro aguardava ainda a sua divulgação. Neste trabalho, apresenta-se e estuda-se a totalidade dos elementos metálicos recolhidos nos contextos sidéricos, que se analisam de acordo com as várias categorias em que se podem incluir, concretamente: arquitectura e mobiliário, uso pessoal, e utilitários.

Cada um dos artefactos foi analisado individualmente, tendo em atenção o seu contexto de recolha, bem como os dados cronológicos que os seus paralelos permitiram obter. A discussão sobre a funcionalidade de muitos deles permitiu uma aproximação à realidade social e económica da comunidade que habitou o sítio e das suas relações inter-regionais, lidas em função do mobiliário utilizado, do vestuário usado e das actividades económicas praticadas.

Citas

Abauzit, P. (1963). Note sur quelques rasoirs hallstattiens. Revue archéologique du Centre de la France, 7, 203-217.

Acquaro, E. (1971). I rasoi punici. Studi Semitici, 41. Roma: Consiglio Nazionale delle Richerce.

Arruda, A. M. (2007). Laccobriga: A ocupação romana da Baía de Lagos. Lagos: Câmara Municipal de Lagos.

Arruda, A. M. e Dias, I. (2018). A terra sigillata itálica de Monte Molião, Lagos, Portugal. Portugália, 34, 159-178. Disponível em: http://ojs.letras.up.pt/index.php/Port/article/view/5194

Arruda, A. M., Ferreira, M., Sousa, E., Lourenço, P., Lima, J. e Carvalho, A. (no prelo). Contributos para o conhecimento da Idade do Ferro de Alcácer do sal: os dados da Rua do Rato.

Arruda, A. M. e Pereira, C. (2010). Fusão e produção: actividades metalúrgicas em Monte Molião (Lagos), durante a época romano-republicana. Xelb, 10, 695-716.

Arruda, A. M. e Pereira, A. (2017). A cerâmica de cozinha africana de Monte Molião (Lagos, Portugal) e o seu enquadramento regional. Onoba, 5, 21-43. Disponível em: http://rabida.uhu.es/dspace/handle/10272/13909

Arruda, A. M. e Sousa, E. (2013). Ânforas republicanas de Monte Molião (Lagos, Algarve, Portugal). Spal, 22, 101-141. DOI: http://dx.doi.org/10.12795/spal.2013.i22.05

Arruda, A. M., Sousa, E., Bargão, P. e Lourenço, P. (2008). Monte Molião (Lagos): resultados de um projecto em curso. Xelb, 8(1),137-168. Disponível em: https://www.uniarq.net/uploads/4/7/1/5/4715235/arruda_et_al_2008.pdf

Arruda, A. M., Sousa, E., Pereira, C. e Lourenço, P. (2011). Monte Molião: um sítio púnico-gaditano no Algarve (Portugal). Conimbriga, 50, 5-32. Disponível em: https://digitalis-dsp.uc.pt/bitstream/10316.2/35087/6/CN50_artigo1.pdf?ln=pt-pt

Arruda, A. M. e Viegas, C. (2016). As ânforas alto imperiais de Monte Molião. Em R. Járrega e P. Berni (Eds.). Amphorae ex Hispania: paisajes de producción y consumo. III Congreso Internacional de la Sociedad de Estudios de la Cerámica Antigua (Tarragona, 2014) (pp. 446-463). Tarragona: Ex Officina Hispana, Institut Català de Arqueologia Clássica.

Bargão, P. (2008). Intervenção de emergência na Rua do Molião: primeiras leituras. Xelb, 8(1), 169-190.

Brewster, T. (1963). The excavation of Staple Howe. Malton: E.T.W. Dennis & Sons.

Cabré, J. (1944). Los dos lotes de mayor importancia de la sección de arqueología anterromana del Museo Arqueológico de Sevilla. Memorias de los Museos Arqueológicos Provinciales, 5, 126-135.

Cardoso, J. (2004). A Baixa Estremadura dos finais do IV milénio A. C. até à chegada dos romanos: um ensaio de História Regional. Estudos Arqueológicos de Oeiras, 12, 1-331.

Cuadrado Díaz, E. (1979). Espuelas ibéricas. Em Actas del XV Congreso Nacional de Arqueología (Lugo 1977) (pp. 735-740). Zaragoza.

Detry, C. e Arruda, A. M. (2013). A fauna da Idade do Ferro e época romana de Monte Molião (Lagos, Algarve): continuidades e rupturas na dieta alimentar. Revista Portuguesa de Arqueologia, 15, 215-227. Disponível em: http://repositorio.ul.pt/handle/10451/10894

Dias, V. (2010). A cerâmica campaniense de Monte Molião. (Dissertação de mestrado). Universidade de Lisboa. Lisboa. Edição policopiada. Disponível em: http://repositorio.ul.pt/handle/10451/3020

Dias, V. (2015). A cerâmica campaniense do Monte Molião, Lagos. Os hábitos de consumo no litoral algarvio durante os séculos II a. C. e I a. C. Spal, 24, 99-128. DOI: http://dx.doi.org/10.12795/spal.2015i24.05

Diogo, M. e Marques, J. (2008). Sistemas defensivos do Molião - resultados preliminares da intervenção arqueológica na urbanização do Molião. Xelb, 8(2), 59-65.

Dixon, K. e Southern, P. (1992). The Roman Cavalry: From the First to the Third Century AD. London: B. T. Batsford Ltd.

Estrela, S. (1999). Monte Molião, Lagos: intervenção de emergência (1998) e problemas da gestão do património em sítios arqueológicos classificados. Revista Portuguesa de Arqueologia, 2(1) 199-234. Disponível em: http://www.patrimoniocultural.gov.pt/media/uploads/revistaportuguesadearqueologia/2_1/11.pdf

Feugère, M. (1989). Les petits objets. Em Ch. Hosdez e A. Jacques (Eds.). La nécropole à incinérations de Baralle (Pas-de-Calais). Nord-Ouest Archéologie, 2, 181-195.

García Cano, J. M. (1997). Las necrópolis ibéricas de Coimbra del Barranco Ancho (Jumilla, Murcia). 1. Las excavaciones y estudio analítico de los materiales. Murcia: Servicio de Publicaciones de la Universidad de Murcia.

Giorgi, M., Martinelli, S. e Butti Ronchetti, F. (2009). La necropoli romana di Rovello Porro. Rivista archeologica dell'Antica Provincia e Diocesi di Como, 191-192, 53-288.

Gomes, F. (2016). Contactos culturais e discursos identitários na I Idade do Ferro do Sul de Portugal (séculos VIII-V a.n.e.): leituras a partir do registo funerário. (Tese de doutoramento). Universidade de Lisboa. Lisboa. Disponível em: http://repositorio.ul.pt/handle/10451/25042

Jiménez Ávila, J. (2008). Grapas y charnelas de diphroi. Em M. Almagro-Gorbea (Dir.). La necrópolis de Medellín. II. Estudio de los hallazgos (pp. 542-552). Madrid: Real Academia de la Historia.

Killen, G. (1980). Ancient Egyptian Furniture. Oxford: Aris & Phillips.

Manning, W. (1985). Catalogue of Romano-British Iron Tools, Fittings and Weapons in the British Museum. London: British Museum.

Miguel Azcárraga, B. (2006). Las navajas de afeitar púnicas de Ibiza. Treballs del Museu Arqueològic d’Eivissa i Formentera, 57. Ibiza: Govern de les illes Baleares.

Miguez, J. (2010). As fíbulas do Sudoeste da Península Ibérica enquanto marcadores étnicos: O Caso de Mesas do Castelinho. (Dissertação de mestrado). Universidade de Lisboa. Lisboa. Disponível em: https://www.academia.edu/1904458/Fibulas_do_Sudoeste_EnquantoMarcadores_Etnicos_-_O_caso_de_Mesas_do_Castelinho._Vol._I

Neves, S. (2013). O Crasto de Tavarede (Figueira da Foz) no quadro das problemáticas da I Idade do Ferro no Baixo Mondego. (Dissertação de mestrado). Universidade de Coimbra. Coimbra. Disponível em: https://estudogeral.sib.uc.pt/handle/10316/35829?mode=full

Pereira, C. e Arruda, A. M. (2016). As lucernas romanas do Monte Molião (Lagos, Portugal). Spal, 25, 149-181. DOI: https://doi.org/10.12795/spal.2016i25.06

Pereira, T. (2008). Os Artefactos Metálicos do Castelo de Castro Marim na Idade do Ferro e em Época Romana. (Dissertação de mestrado). Universidade de Lisboa. Lisboa. Disponível em: http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/393/1/17322_ArtefactosMet00E1licosdoCastelodeCastroMarimVOLI.pdf

Pérez Mínguez, R. (1992). Acicates ibéricos del Museo de Prehistoria de Valencia. Em Estudios de arqueología ibérica y romana: homenaje a Enrique Pla Ballester (pp. 215-220). Valencia: Universidad de Valencia.

Ponte, S. (2006). Corpus signorum das fíbulas proto-históricas e romanas de Portugal. Lisboa: Caleidoscópio.

Quesada Sanz, F. (2001-2002). En torno a las espuelas articuladas ibéricas, artesanado y las relaciones entre las regiones murciana y granadina. Studia E. Cuadrado. Anales de Prehistoria y Arqueología, 16-17, 239-246. Disponível em: http://revistas.um.es/apa/article/view/59951

Quesada Sanz, F. (2002-2003). Mirando el mundo desde lo alto: espuelas y otros elmentos asociados al caballo en el poblado de La Serreta de Alcoi. Recerques del Museu d’Alcoi, 11-12, 85-100. Disponível em: https://www.raco.cat/index.php/RecerquesMuseuAlcoi/article/view/175580

Quesada Sanz, F. (2005). El gobierno del caballo montado en la Antigüidad Clasica con especial referencia al caso de Iberia. Bocados, espuelas y la cuestión de la silla de montar, estribos y herraduras. Gladius, XXV, 97-150. Disponível em: http://gladius.revistas.csic.es/index.php/gladius/article/view/26/27

Resende, A. (1593). De Antiquitatibus Lusitaniae. Excudebat Martinus Burgensis.

Rocha, A. S. (1906). Necropole luso-romana do Molião. Boletim da Sociedade Archeologica Santos Rocha, I(3), 103-105.

Sáez Romero, A. (2018). Apuntes sobre las dinâmicas comerciales de Gadir entre los siglos VI y III a. C. Gérion, 36(1), 11-40. DOI: http://dx.doi.org/10.5209/GERI.60292

Salgado, Fr. V. (1786). Memórias eclesiásticas do Reino do Algarve. Offerecidas ao EXC.mo e VER.mo Senhor Bispo de Béja. Lisboa: Regia Officina Typográfica.

Schubart, H. e Maass-lindemann, G. (1995). Informe de las excavaciones en la necrópolis de Jardín (Vélez-Málaga, Málaga). Cuadernos de Arqueología Mediterránea, 1, 57-213.

Schüle, W. (1969). Die Meseta-kulturen der Iberischen Halbinsel. Berlim: Walter de Gruyter.

Shortt, H. (1959). A provincial Roman spur from Long stock. Hants and other spurs from Roman Britain. The Antiquaries Journal, 39, 61-76.

Sousa, E. (2017). Sobre o início da romanização do Algarve: 20 anos depois. Archivo Español de Arqueología, 90, 195-218. DOI: http://dx.doi.org/10.3989/aespa.090.017.009

Sousa, E. e Arruda, A. M. (2010). A gaditanização do Algarve. Mainake, 32(II), 951-974. Disponível em: http://repositorio.ul.pt/handle/10451/9771

Sousa, E. e Arruda, A. M. (2013). A cerâmica de tipo Kuass de Monte Molião (Lagos). Em Arqueologia em Portugal. 150 anos. Actas do I Congresso da Associação dos Arqueólogos Portugueses (pp.651-659). Lisboa: Associação dos Arqueólogos Portugueses. Disponível em: http://repositorio.ul.pt/handle/10451/10380

Sousa, E. e Arruda, A. M. (2014a). A cerâmica comum romano-republicana de Monte Molião. Onoba, 2, 55-90. Disponível em: http://rabida.uhu.es/dspace/handle/10272/8153

Sousa, E. e Arruda, A. M. (2014b). Italics and Hispanics in Southwest Iberia in the Dawn of the Roman-Republican period: the common ware of Monte Molião (Lagos, Portugal). Em Rei Cretariae Romanae Fautorum Acta 43 (p. 663-670). Bona: Cretariae Romanae Fautorum. Disponível em: http://repositorio.ul.pt/handle/10451/31395

Sousa, E. e Serra, M. (2006). Resultados das intervenções arqueológicas realizadas na zona de protecção do Monte Molião (Lagos). Xelb, 6(1), 5-20. Disponível em: https://www.academia.edu/741878/Resultados_das_Intervenções_Arqueológicas_realizadas_na_zona_de_protecção_de_Monte_Molião

Stead, I. e Rigby, V. (1999). The Morel Collection. Iron Age Antiquities from Champagne in the British Museum. London: British Museum Publications.

Thénot, A. (1972). Couteaux et tranchets du deuxième âge du fer. Bulletin de la Société préhistorique française, 69, 125-128.

Thrane, H e Collett, E. (2016). The Worsaae Collection in the British Museum. London: British Museum Press.

Ulrich, R. (2007). Roman Woodworking. Yale: University Press.

Valério, P., Voráčová, E., Siva, R. J. C., Araújo, M. F., Soares, A. M. M., Arruda, A. M. e Pereira, C. (2015). Composition and microstructure of Roman metallic artefacts of Southwestern Iberian Peninsula. Applied Physics A, 121(1), 115-122. DOI: http://dx.doi.org/10.1007/s00339-015-9394-7

Veiga, E. (1910). Antiguidades Monumentaes do Algarve. Tempos históricos. O Archeologo Português, 15, 229-233.

Viana, A., Formosinho, J. e Ferreira, O. V. (1952). Alguns objectos inéditos do Museu Regional de Lagos. Monte Molião. Revista de Guimarães, 62(1-2), 133-142.

Viegas, C. e Arruda, A. M. (2013). Ânforas romanas de época imperial de Monte Molião (Lagos): as Dressel 20. Em Arqueologia em Portugal. 150 anos. Actas do I Congresso da Associação dos Arqueólogos Portugueses (pp. 727-735). Lisboa: Associação dos Arqueólogos Portugueses. Disponível em: http://repositorio.ul.pt/handle/10451/11180

Vigneron, P. (1968). Le cheval dans l’antiquité gréco-romaine. Nancy: Faculté des Lettres et Sciences humaines.

Vilaça, R. (2009a). Sobre rituais do corpo em finais do II-inícios do I milénios a. C.: do espaço europeu ao território português. Estudos Arqueológicos de Oeiras, 17, 489-511.

Vilaça, R. (2009b). Sobre os tranchets do Bronze Final do Ocidente peninsular. Portugalia, XXIX-XXX, 61-84. Disponível em: http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/8377.pdf

Estadísticas

Estadísticas en RUA

Publicado

23-10-2019

Cómo citar

Pereira, C., Arruda, A. M., & Sousa, E. (2019). Os artefactos metálicos da Idade do Ferro do Monte Molião (Lagos, Portugal). Lucentum, (38), 77–88. https://doi.org/10.14198/LVCENTVM2019.38.03

Número

Sección

Artículos